sexta-feira, 5 de maio de 2017

Da natureza das Coisas


Sabendo que o cosmos é infinitamente grande e infinitamente pequeno. Nas partículas elementares como os Hádrons, sabemos que se trata de uma realidade matemática abstrata, essa abstração matemática é conceitualizada se podemos assim dizer, como a Teoria dos Campos, onde cada partícula elementar é extremamente instável, mas sabemos também que apesar de sua abstração, sua realidade é inegável, pois seus movimentos podem afetar os fenômenos. Bom, de fato, temos o determinável e o indeterminável como faces de uma mesma moeda. Não poderíamos intuir então que a consciência é a chave para esse paradoxo? Afinal temos as constantes de Plank, limites onde como o professor Osvaldo disse, a física prática não pode avançar. Também temos os parâmetros matemáticos que regem nosso cosmos, que são ajustados de uma forma extremamente precisa para que a vida possa existir e se desenvolver. Não seria sensato nos limites que nossa razão pode chegar, intuir uma inteligência anterior a tudo isso? 
Max Planck, de um discurso proferido em 1944, em Florença, na Itália, intitulado: 
“A Essência/Natureza/Caráter da Matéria”, relatou o seguinte trecho, traduzido do alemão:
“Na qualidade de alguém que devotou a vida inteira à ciência mais esclarecida, ao estudo da matéria, posso fazer a seguinte afirmativa como resultado de minhas pesquisas sobre os átomos: a matéria, como matéria propriamente dita, não existe! Toda matéria se origina e existe apenas em virtude da força que faz vibrar as partículas de um átomo e que consegue manter unido esse extremamente diminuto sistema solar. Devemos assumir que por trás dessa força existe uma Mente consciente e inteligente. Essa Mente é a matriz de toda a matéria. 
Nesse Discurso de Max Plank fica nítido sua convicção de uma Mente consciente e inteligente matriz do universo, não quero aqui fazer afirmações metafísicas, apenas uma breve reflexão sobre a natureza das coisas, pois não se trata de apenas fazer ciência, a ciência por si só é inútil, deve ser integrada a um agir moral, uma ética que vai além do individuo, para construirmos um mundo cada vez mais virtuoso, se assim podemos falar, pois a cada dia que avançamos no tempo, nossa civilização entre em declínio, e assim, uma após as outras civilizações nascem e caem, são autodestruídas pela implacável ação do tempo, nascemos, morremos, construímos impérios, mas do que adianta tudo isso se continuarmos a se matar, se continuarmos esquecendo o que há dentro de nós mesmo? 
  Vejo nesse incio do século XXI um grande peso sobre nossas consciências, tantos milênios de civilizações e descobertas, e continuamos a nos mutilar, a deixar nossos irmãos e irmãs passando fome, a corrupção é uma prática normal, o ódio ainda e mais forte que o amor. Sem dúvidas, precisamos nos reconectar a essa força matriz do universo, precisamos sim de autoconhecimento, auto-observação, somente assim teremos condições de transformar nosso planeta. 

Sobre o Tempo e Espaço

O espaço e o tempo são os conceitos-chave para empreendermos a busca intelectual sobre a realidade tal a qual se apresenta. As discussões ...