Introdução
Na visão do autor os mapas estão
intimamente ligados a noção de geografia, isso nos leva a perceber
o aspecto cultural, e representação simbólica do mapa como
Geografia. Em seguida o autor faz uma síntese histórica da
representação gráfica, ressaltando a importância prática do
mapa, relacionado a obtenção do poder, e que as apreensões de
estruturas abstratas para representar o espaço sempre marcaram a
vida da sociedade. Como linguagem, os mapas conjugam-se com a prática
histórica podendo revelar diferentes visões de mundo. Nesse ponto
os mapas realizam uma enorme tarefa, a de representar o real,
colocando em evidências os pontos principais que se encontram no
espaço, e que leva a característica de quem o produziu, revelando
as diferentes perspectivas que cada observador, cada povo, cada
cultura tem do seu espaço vivido.
Seguindo a linha de raciocínio do autor,
eles expõem os avanços históricos da cartografia, como a invenção
da imprensa no século XV, os grandes descobrimentos nos séculos XV
e XVI, e o grande avanço na cartografia se deu no século XVIII, com
a instituição de academias científicas, marcando o início da
ciência cartográfica moderna.
A representação gráfica:
A linguagem do mapa
Para o autor a representação gráfica
inclui o universo da comunicação visual que por sua vez faz parte
da comunicação social. Integra o sistema semiológico monossêmico.
Segundo o autor, a especificidade reside no fato de estar vinculada
ao âmago das relações que podem se dar entre os significados dos
símbolos.
A representação gráfica nos diz o que
representa essa imagem, que para cada indivíduo significa algo.
Portando a tarefa principal da representação gráfica é
transcrever as três relações fundamentais, de diversidade, de
ordem e de proporcionalidade. Assim, quando o indivíduo aprender a
coordenar tais orientações, ele pode dominar a sintaxe dessa
linguagem, proporcionando uma maior compreensão do mapa e como
elaborá-lo.
Para elaborar um mapa coerente, segundo o
autor temos de ter em mente, quais são as variáveis visuais de que
dispomos e quais são suas respectivas propriedades perceptivas.
Sendo as variáveis visuais: tamanho, cor, valor, granulação,
orientação e forma, e essas seis variáveis mais as duas dimensões
do plano compõem as propriedades perceptivas, que toda representação
gráfica deve ter. Em seguida o autor transcorre o texto explicitando
a importância da cor e seu impacto, devido seu grande poder na
comunicação visual. Segundo o autor, compete ao redator gráfico
aplicar convenientemente cada questão a ser transcrita visualmente,
do sistema monossêmico de signos, observando cuidadosamente as
propriedades perceptivas das variáveis visuais.
Fundamentos da cartografia Temática.
Considerações metodológicas e
criticas.
O autor nos diz, que a cartografia
temática surge a partir de uma sucessão histórica a partir da
visão topográfica do mundo essencialmente analógica. Nesse
segmento do texto, o autor faz uma nova referência histórica da
cartografia científica e os processos que levaram a consolidar a
cartografia temática. Dando prosseguimento na sua análise o autor
faz uma citação de Salichtchev, 1973: “Cartografia é a ciência
da representação e estudo da distribuição espacial dos fenômenos
naturais e sociais, suas relações e suas transformações ao longo
do tempo por meio das representações gráficas – Modelos icônicos
– que reproduzem este ou aquele aspecto da realidade de forma
gráfica e generalizada”. Assim, segundo o autor, a cartografia não
apenas uma simples técnica, que sem conhecer a essência dos
fenômenos, não poderia investigar os conteúdos espacias.
Na visão do autor os mapas temáticos interessam a geografia, por que abordam o mesmo território e suas diferentes escalas. Isso proporciona um grande panorama para a investigação do geógrafo, dando a oportunidade de visualizar uma extensa porção do território em escalas variáveis, analisando as diferentes perspectivas dos fenômenos e suas interações e complexidades, de uma forma mais completa e dinâmica, de acordo com as demandas e emergências da sociedade atual, com um novo conjunto de técnicas marcados pelos avanços tecnológicos, o geógrafo tem em suas mão uma poderosa ferramenta de comunicação, que vai muito além de dizer “Onde fica?”, ela se insere num ramo muito mais complexo dos fenômenos sociais, devendo responder questões de muito mais relevâncias, de “como”, “onde” e “por que”, se inscrevem nesses espaços tais fenômenos, qual a frequência e magnitude que isso ocorre. Dessa maneira elaborar mapas é uma tarefa que envolve um pensamento complexo, onde o social, o físico e cultural sejam levados em consideração, sem desconsiderar nenhumas das partes que compõem o todo.
Autor: Thiago F Milski
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