quinta-feira, 6 de abril de 2017

O conhecimento fragmentado e compreensão.



Vivemos em uma época de transformações, reformar o pesamento é peça fundamental, para que cada um tome conhecimento de sua identidade complexa e de sua identidade comum a todos os outros humanos.
Vemos hoje uma séria fragmentação das disciplinas e da politica, em um mundo, que hoje exige cada vez mais um pensamento complexo, que integre as diferentes visões de cada indivíduo. É necessário uma compreensão mutua dos lados opostos, é preciso que as divergências que existem entre os grupos de pessoas sejam utilizadas para o bem comum, que não haja somente conflitos mas que haja também cooperação. Ensinar a compreensão deve partir do educador para os alunos, que hoje está ausente no ensino. A incompreensão, que hoje é um dos grandes males sociais, tem estado presente nos grandes centros de ensinos de nosso país. Compreender o outro, requer uma reforma do pensamento e a consciência da complexidade. Ensinar a compreensão entre as pessoas, segundo Edgar Morin, é a condição e garantia da solidariedade intelectual e moral da humanidade.
A geografia é uma ciência complexa por natureza, estuda os fenômenos da física terrestre, da biosfera e as implantações humanas, segundo Edgar Morin, amplia-se em ciência da Terra dos Homens. Nesse sentido, o geógrafo tem em sua ciência, uma poderosa ferramenta para proporcionar uma compreensão mutua dos fenômenos físicos e sociais. Assim, não podemos nos fechar em fronteiras disciplinares, pois essas fronteiras vão isolar as disciplinas em relação umas as outras e aos problemas que se sobrepõem às disciplinas, enfraquecendo o geógrafo em sua formação e empobrecendo o conhecimento acerca da complexidade do mundo em que vivemos.


Referências: MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro; São Paulo: Cortez; 2005.

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